AGENDA CULTURAL

5.7.15

Maria Júlia: vocação para o jornalismo desde criancinha


Maria Júlia Coutinho (Foto: Cleiby Trevisan/Ed. Globo)

Revista "Quem"

Nos tempos de criança, Maria Júlia Coutinho costumava fingir que era apresentadora de telejornais em suas brincadeiras. Filha de professores, ela nasceu e cresceu em São Paulo, em um ambiente que incentivava a leitura e a informação. E costumava ver os pais discutirem as notícias que liam diariamente nos jornais. “Eu cresci absorvendo isso. Então, na hora de apresentar os trabalhos de escola, ou mesmo quando eu ia brincar, eu acabava fazendo algo ligado ao jornalismo, criava jornalzinho, fingia que estava numa bancada”, conta a jornalista sobre os pais, João Raimundo e Zilma Coutinho.
Hoje, aos 37 anos, ela transformou sua brincadeira em realidade. Com seu jeito espontâneo e seguro de apresentar a previsão do tempo, Maria Júlia é um dos grandes destaques do Jornal Nacional, da TV Globo, ao lado de William Bonner eRenata Vasconcellos. “Fiquei surpresa com tanto sucesso. Eu tinha uma certa noção de que as pessoas gostavam do meu trabalho, mas não tinha ideia de que iam querer me parar na rua para tirar foto! Eu estava acostumada com a repercussão de um público que assistia aos jornais matutinos, era menor”, diz.
Ela se refere aos tempos em que dava expediente nos noticiários Hora 1 e Bom dia Brasil. Foi lá que, há dois anos, começou a falar sobre o clima. Curiosa, costumava esmiuçar os relatórios meteorológicos antes de entrar no ar, para entender sobre o que estava falando. Não queria apenas reproduzir os textos que lhe eram passados. “Estou sempre tentando saber o máximo que posso sobre os assuntos. Pergunto tudo, gosto de apurar bem”, conta, lembrando de seu início como repórter na TV Globo, em 2007. “Já cobri buraco na rua, tive um quadro de cultura no SP TV, fiz bastante coisa”, afirma.
Maria Júlia Coutinho (Foto: Reinaldo Studio 3X/ Divulgação)
Jantar em casa

“Sempre gostei muito do seu jeito, natural e espontâneo. Vejo um belo futuro profissional para ela porque é um doce de pessoa e merece todo o sucesso”, elogia o colega Chico Pinheiro, apresentador do Bom Dia Brasil. Foi Chico, aliás, o primeiro a chamá-la, ao vivo, de Maju, popularizando o apelido dos tempos de faculdade.

Apesar da falta que sente dos colegas de trabalho da manhã, Maju afirma que, com seu novo horário, tem conseguido adotar uma rotina mais saudável. Depois de entrar ao vivo no Jornal Nacional, ela volta para casa, no bairro do Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo, a tempo de jantar com o marido, o publicitário Agostinho Moura. “Eu converso com o Bonner e com a Renata, que estão no Rio, de São Paulo mesmo. Depois disso, vou para casa. Vou dormir por volta das 23h e acordo umas 7h da manhã. Tem sido bom estar mais com meu marido. Antes, eu ia dormir às 19h e acordava às 2h da manhã, a gente se via pouco. Na época, ele foi bem compreensivo e entendeu que era importante para mim”, diz a jornalista, que ainda não tem filhos.
Para manter a forma, ela se dedica à ioga e ao pilates. “Sou relativamente alta, tenho 1,75 metro de altura, e pouca tendência a engordar. Mas é sempre bom manter uma rotina de exercícios”, afirma ela, que também tem chamado atenção do público por seu penteado. “Amo meu cabelo crespo, mas nada impede que um dia eu mude meu visual”, avisa. A julgar pelo seu sucesso e carisma diante do público, certamente a eventual mudança se transformará em moda. Afinal, Maju é pop.

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