AGENDA CULTURAL

10.12.09

Empresário com responsabilidade social

José Lourenço Durão

BIOGRAFIA

José Lourenço Durão Neto
Nascimento: 25/3/1949, em Nazário, Goiás
Primogênito do casal Salvino Durão de Oliveira e Beny Rosa de Oliveira.
Em 1976, casa-se com Ermelinda Albertoni em Rio Preto.
Em 1982, chega a Araçatuba, adquire o Café Roceiro
Filhas: Vanessa (médica) e Valéria (dentista)
Em 2007, vendeu a marca Roceiro e sua linha de produtos para o Café Brasil.
Hoje, mora em sua propriedade rural, em Araçatuba, mas sua família continua no ramo de torrefação, com o café Purim.
A nova empresa é administrada pelo genro Thiago Henrique Frameschi Durão, marido da Valéria que, ao se casar, incorporou ao nome o sobrenome do sogro.

Hélio Consolaro

De um parto em sua própria residência, numa casa simples, nasceu José Lourenço Durão Neto.
Aos seis anos de idade, saía às ruas para vender os doces que sua mãe fazia. Era preciso colaborar com as despesas da família para promover o sustento de todos. Transferiu-se, com seus pais, para Goiânia em 1962 e, cursando o primeiro ano do ensino médio, abandona os estudos em 1966 para, como sempre, auxiliar a família com seu trabalho.
Desde 1966, galgou degraus profissionais no Grupo Jorge Abraão, Goiás. Foi indicado, em 1972, a fazer um curso como degustador e classificador de café no Senac de São José do Rio Preto, onde, em 76, casa-se com Ermelinda Albertoni.
Novamente é transferido pelo grupo do setor cafeeiro e passou a residir em Anápolis. Sob sua administração, conseguiu fazer com que a produção da empresa e de suas filiais se elevasse significativamente, alcançando também a modernização da frota.
Em 1982, buscando a independência, Durão chega a Araçatuba. Com seu dinamismo e visão empresarial associa-se ao pai (Vítor) e irmão (Paulo Roberto) de sua esposa para adquirir o Café Roceiro, atribuindo à extinta marca, desde o início, um nome respeitável e de alta qualidade produtiva. Além de promover a modernização da empresa, desde a chegada do pequeno grão até o ponto de embalagem e distribuição para o mercado, o empresário diversificou a marca “Roceiro” com a criação do café solúvel, dentre outros produtos mais populares.
Devido ao seu altruísmo, José Lourenço Durão Neto, Zezinho, para a família, foi agraciado em 2003 com os títulos de sócio honorário da Academia Araçatubense de Letras e Cidadão Araçatubense, outorgado pela Câmara Municipal.
Por que um empresário tem tanto carisma?
A saga de José Lourenço Durão Neto é o motivo de ele ser homenageado neste livro. Uma pessoa que soube harmonizar capital e trabalho. Sua empresa era uma família e se uma instituição com credibilidade batesse à sua porta, apresentando um projeto, de pronto, abraçava a causa, ajudando financeiramente.
Quem trabalha no terceiro setor é testemunha disso. E toda a ajuda era feita sem pensar em compensação fiscal ou fazer marketing de seus produtos.
Buscar ajuda para crianças e velhos é mais fácil, sensibiliza as pessoas. Buscar recursos para financiar projetos culturais é mais difícil. E José Lourenço Durão fazia isso, sem pensar em Lei Rouanet.
Por quatro anos, por exemplo, ele financiou o concurso de publicação de livros João de Scantimburgo, da Academia Araçatubense de Letras. O vencedor do concurso tinha a publicação do livro custeada pelo Café Roceiro.
Se Araçatuba tivesse mais empresários com o perfil de José Lourenço Durão Neto, com certeza, as comemorações do centenário da cidade seriam mais vibrantes, teríamos muito mais a comemorar.

Um comentário:

Patrícia Bracale disse...

Queremos mais Durões de bom coração.
Semear coisas boas e florescer o que temos de melhor.
Parabéns pelo exemplo.